Sábado de Aleluia é  o sábado anterior ao domingo de Páscoa. É o dia em que se acende o Círio Pascal,  uma grande vela. O Círio simboliza a luz de Cristo, que ilumina o mundo. Na  vela, estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega (A PRIMEIRA E ÚLTIMA LETRA DO ALFABETO GREGO), que querem dizer Deus é o  princípio e o fim de tudo.
REFLITA  UM POUCO: 
“Para muitos, o Sábado de Aleluia é apenas um dia de faxina ou de preparação  para a Páscoa. No entanto, esse dia sem liturgia tem um significado espiritual próprio. Jesus morreu por nós, e permaneceu três dias no sepulcro.  Assim, também deveríamos nos dedicar com plena consciência ao teor espiritual  desse dia. Isso acontece melhor em meio ao silêncio, quando nos posicionarmos  quanto à verdade e à situação sepulcral de nós mesmos.
Cristo desceu ao reino da morte, ao Hades, o reino das sombras. Posso imaginar como Jesus desce aos cantos tenebrosos de minha própria existência. O que excluo da vida? Quais os lugares para os quais não gosto de olhar? Onde foi que tratei de recalcar alguma coisa, empurrar algo para as câmaras escuras de minha alma? Para onde me nego a olhar? O que pretendo esconder de mim mesmo, dos outros e de Deus? Jesus propõe-se descer exatamente a esses rincões da morte e da escuridão, para mexer em tudo o que há de escuro e rançoso em mim, tudo o que há de mortiço e entorpecido, e então despertar-me para a vida.
Os ícones da Igreja oriental sempre representam a ressurreição de Jesus com  Cristo subindo do reino dos mortos, trazendo consigo os mortos pela mão. No dia  de Sábado de Aleluia permito que Cristo desça até o meu reino dos mortos,  para que tome todos os mortos pela mão, inclusive o que há de morto em mim mesmo,  e nos reconduza à luz, a fim de despertar-nos para a vida.
Cristo esteve no sepulcro. Assim, o Sábado de Aleluia convida-me a olhar para  minha própria situação sepulcral. O que me caberia enterrar? Que feridas em  minha história de vida precisam ser enterradas de uma vez por todas? Quando  sepulto todas as ofensas, paro de usá-las como armas para agredir as outras  pessoas. Não as carregarei mais em mim mesmo, como se fossem uma recriminação  tácita aos que feriram em algum momento. Com isso, posso descartar minha mágoa,  meus ressentimentos e minha irritação. Não preciso de mais nada disso como  pretexto para justificar minha recusa a olhar a vida de frente.
Pretendo sepultar também os sentimentos de culpa que consomem e dos quais não  consigo me afastar. Preciso ter confiança em que Cristo também desceu ao meu  sentimento de culpa e a todo martírio interno que imponho a mim mesmo, com  auto-acusações; e desceu até aí para libertar-me. Quando paro de andar em círculos em  torno de minha culpa, aí sim realmente posso despertar para a vida nova.
No Sábado de Aleluia desço até meu próprio sepulcro e imagino de que forma  Cristo repousa lá, a fim de trazer tudo o que lá está para uma nova vida.  Cristo desceu ao sepulcro de meu medo, minha resignação, minha autocompaixão e  minha morbidez, a fim de salvar-me e transformar-me no mais fundo de minha  alma. Para ressuscitar na Páscoa como uma pessoa salva e liberta, preciso ter a  coragem de meditar acerca de meu sepulcro e de sepultar tudo o que me distancia da  vida”.
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