Atualizado: 6/10/2010 20:46            
PV sinaliza para posição de 'independência' no 2º turno
Em reunião de mais de quatro horas, representantes de grupos  sociais e colaboradores da campanha de Marina Silva (PV) à Presidência  da República deram um indicativo de qual deverá ser o destino da legenda  no segundo turno: a neutralidade. Embora a coordenação da campanha  rechace a palavra 'neutralidade' e prefira o termo 'independência', o  que imperou na reunião de hoje em São Paulo é a preocupação em manter o  capital político herdado nas urnas.
'Vamos fechar um posicionamento, isso não quer dizer apoiar um ou  outro. Podemos ter a posição de ficarmos independentes', disse o  ex-coordenador geral da campanha, João Paulo Capobianco. O dirigente  considera 'neutralidade' um termo equivocado por dar a impressão ao  eleitor de que o PV não dá a devida importância ao segundo turno.  'Neutro é um termo inapropriado, significa sem posição política. O  correto é ''independente''.'
Isso significa, em outras palavras, que há uma forte corrente na  campanha que apoia a ideia de deixar a decisão para o eleitor, sem um  posicionamento oficial de Marina favorável a Dilma Rousseff (PT) ou a  José Serra (PSDB). 'Minha linguagem não é de tutela com o voto do  cidadão', sinalizou Marina na tarde de hoje, em entrevista coletiva.
A decisão do partido sairá no dia 17, em convenção com  aproximadamente 90 militantes, colaboradores e simpatizantes. De acordo  com Capobianco, a prioridade não é definir um apoio e sim tomar uma  posição que atenda às expectativas dos eleitores de Marina. '(A votação)  gerou uma enorme responsabilidade e vamos ter de lidar com isso',  admitiu.
Oficialmente, o partido teria três caminhos a seguir: apoiar  Dilma, declarar voto em Serra ou optar pela 'independência'. '(Hoje) foi  uma oportunidade para discutir as diversas posições, mas o que une todo  o grupo é a certeza de que não foi um voto no PV ou na Marina, foi um  voto na visão (política de País).'
Clamor
Eduardo Rombauer, do Movimento Marina Silva, apresentou hoje à  senadora a manifestação dos mais de 6 mil internautas que opinaram na  internet sobre o segundo turno. 'Ficou claro que existe um clamor pela  neutralidade', contou. De acordo com ele, os internautas não se  posicionaram favoravelmente a Dilma ou a Serra, mas ora eram contrários a  um ora contrários a outro. 'Não existem favoráveis a Dilma ou a Serra,  existem opiniões contra Serra ou contra Dilma.'
Independentemente da tendência de se manter neutro, militantes e  simpatizantes querem que tucanos e petistas se comprometam com as  propostas apresentadas por Marina no primeiro turno. 'O mais importante é  a sinalização do que (deve ser apoiado) e não de quem (devem apoiar)',  analisou Rombauer. 'Estamos mais preocupado com a nova forma de fazer  política.'
Rombauer criticou a tentativa do tucano de se aproximar de Marina  assumindo um discurso ambientalista neste segundo turno. 'Mostra que  ele está perdido, que não entendeu a mensagem de Marina', comentou. O teólogo Leonardo Boff, que participou da plenária de hoje, foi  um dos poucos que manifestaram publicamente a recomendação de apoio a  Dilma Rousseff. 'Ela (Marina) deve se envergar nesta direção', sugeriu.  Para Boff, o projeto petista é o que mais se aproxima dos projetos  sociais que beneficiam a população. 'Trata-se de princípios e valores',  argumentou. 'Ela (Marina) não luta pelo poder, luta pela transformação  social.'
FONTE: http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/artigo.aspx?cp-documentid=25854333 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 

 

 



 
 
 
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