domingo, 23 de outubro de 2011

O CLÍMA ESTÁ ESQUENTANDO!


O clima está esquentando.

É comum em períodos próximos das eleições, pretenso candidatos começarem a aparecer, e isso ocorre por três motivos:

  1. Alguns se iludiram com a impunidade e a facilidade de ganhar dinheiro fácil;
  2. Outros adquiriram a síndrome de perpetuar-se no poder, pois assim além de tornar-se preguiçosos, tornaram-se PHD em mentiras;
  3. E tem aqueles que de fato querem viver uma política idealizada e que o cidadão é seu principal alvo.
Pois bem, neste contexto os mitos da Reforma Política – a infidelidade partidária às vezes torna-se necessária ou não.

Em 1984, todos devem lembrar que tivemos uma reviravolta no país, e com isso culminou na vitória do saudoso Tancredo Neves. Isso se deveu ao fato da chamada infidelidade dos dissidentes do PSD, que contou como ponto positivo. Quase 19 anos depois, podemos dizer que existe certa normalidade democrática no país, superando assim o período de 1946 a 1964, que ninguém quer lembrar. Assim tivemos três momentos interessantes, a eleição de Tancredo, o impeachment de Collor e a eleição de Lula.

A apesar desse sucesso que tivemos na transição democrática do país, alguns políticos insistem que a reforma política é necessária para consolidar a democracia política brasileira. O problema é a competição dos nossos parlamentares em se tratando de interesses adversos e com isso entra em cena o instituto da infidelidade partidária visto que a migração dos políticos desestabiliza o sistema representativo é o que dizem.
O chamado “comércio” de mandato é algo evidente, ninguém pode negar principalmente por parte daqueles que não se encontram na base governista. Assim podemos dizer que isso só fortalece a desestabilização do sistema democrático.

Por outro lado, existe o ponto positivo da infidelidade que falei no início deste texto e que pode servir também de referencial para uma melhor análise, se não vejamos:

Sabemos que o voto no Brasil não é partidário, é preponderantemente personalista visto que existe uma predileção do eleitor pelo candidato ou parlamentar, com isso as legendas trocadas não prejudicam toda a representação. Vejamos mais um detalhe anteriormente abordado:

A infidelidade dos dissidentes do PSD, ameaçados de perder o mandado foi o que facilitou na vitória de Tancredo, a infidelidade dos deputados da base aliada de Collor culminou no impeachment e foi à troca de partido de vários deputados federais que possibilitou Lula a manter o governo estável tal qual se encontra a te o momento.

Então em se tratando de uma reforma devemos tomar muito cuidado, devemos ser prudentes, para não comprometer o que vem dando certo. Mas com isso não quero dizer que não necessite de uma reforma política deve existir sim, mas com alvos diferentes. Neste momento qualquer reforma é prejudicial à saúde do país.

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