Histeria (do francês hystérie, e deste do grego ὑστέρα, "matriz") é uma neurose complexa caracterizada pela instabilidade emocional. Os conflitos interiores manifestam-se em sintomas físicos, como por exemplo, paralisia, cegueira, surdez, etc. Pessoas histéricas freqüentemente perdem o autocontrole devido a um pânico extremo. Foi intensamente estudada,por Charcot e Freud.
Foi considerada, até Freud, como uma doença exclusivamente feminina.
No final do século XIX, Jean-Martin Charcot (1825-1893), um eminente neurologista francês, que empregava a hipnose para estudar a histeria, demonstrou que idéias mórbidas podiam produzir manifestações físicas. Seu aluno, o psicólogo francês Pierre Janet (1859-1947), considerou como prioritárias, para o desencadeamento do quadro histérico, muito mais as causas psicológicas do que as físicas.
Posteriormente, Sigmund Freud (1856-1939), em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional.
Os distúrbios sensoriais podem:
abranger os sentidos da visão, audição, paladar e olfato;
variar desde sensações peculiares até a hipersensibilidade ou anestesia total;
causar grande sofrimento com dores agudas, para as quais nenhuma causa orgânica pode ser determinada.
Os distúrbios motores podem incluir uma gama de manifestações, como paralisia total, tremores, tiques, contrações ou convulsões. Afonia, tosse, náusea, vômito, soluços são muitas vezes de origem histérica.
Episódios de amnésia e sonambulismo são considerados reações de dissociação histérica.
Etimologia
O termo tem origem no termo médico grego hysterikos, que se referia a uma suposta condição médica peculiar a mulheres, causada por perturbações no útero, hystera em grego. O termo histeria foi utilizado por Hipócrates, que pensava que a causa da histeria fosse um movimento irregular de sangue do útero para o cérebro.
Histórico do conceito: No final do século XIX, o médico e cientista francês Jean-Martin Charcot e seus seguidores dominaram a investigação da histeria na Europa, apesar de enfrentarem grande resistência por parte de uma outra corrente, liderada por Hyppolite Bernheim (1837-1919), professor da Faculdade de Medicina de Nancy. Por ser jovem e ávido por conhecimento, Sigmund Freud não descartou nenhuma das duas visões, a de Charcot e a de Bernheim acerca da histeria e, com isso, chegou às descobertas necessárias para a criação da Psicanálise, sendo a observação do comportamento histérico a mola mestra no desenvolvimento de toda a teoria freudiana. A sintomatologia, que ao mesmo tempo frustrou e estimulou os médicos do século XIX, foi o grande desafio para Freud, que, a partir desse quadro ainda misterioso, desenvolveu técnicas específicas para conduzir o tratamento de suas pacientes: nascia a Psicanálise, como resposta a esse desafio. Aos poucos foi-se observando que a histeria não era um distúrbio que acometia exclusivamente as mulheres, mas nelas predominava. Teorizou-se, então, outra segmentação da estrutura neurótica: estava-se diante dos obsessivos que, com sintomas diferentes, também apresentavam grande sofrimento psíquico. Esta sintomatologia, embora predominantemente masculina, não pode ser tratada como exclusiva dos homens.
Ligações externas
Histeria e Feitiçaria - uma evolução histórica da abordagem do problema.
http://www.psicologiabh.com.br/index_arquivos/Page457.htm
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